Não posso deixar de apontar minha
preocupação com o sistema educacional de nosso país. Na minha concepção, o
modelo escolar vigente é carregado de falhas, as quais se arrastam ao longo de
um extenso período. No entanto, a maior falha talvez seja, querer conservar por
tanto tempo um mesmo padrão de ensino, a uma sociedade que sofre constantes
mutações. Mudam-se conceitos, parágrafos e artigos legais, mas não se muda o
modo de ensinar.
A escola, talvez faria mais
sentido tanto para os alunos, quanto para os professores, se se valorizasse o
conhecimento adiquirido no dia a dia de cada participante e se preocupasse
menos em se repassar fórmulas e decorebas, talvez, nunca mais usados por muitos
alunos quando estes a deixarem, caso não desitam dela.
O problema não é particular à
General Carneiro, os problemas e conflitos se alastram ao longo de todo o país.
Existem alunos indisciplinados? Sim, eles estão em toda parte. No entanto,
existe muito mais, uma massa de alunos desinteressados, porque as vezes (quase
sempre) os contéudos são apresentados de uma forma chata, massante, ou sem
sentido para muitos.
Atividades mais dinâmicas como as
gincanas são um importante método de estímulo, desde que se saiba aproveitar e
associar conteúdos indispensáveis da grade de ensino às atividades recreativas
culturais. Torna-se importante que os organizadores e líderes de equipe, tenham
sempre consciência que uma gincana escolar, não deve se tornar uma disputa de
ego. O único vencedor desta disputa deve ser o CONHECIMENTO com sentido, para
alunos e também professores, pois nunca se sabe tudo, e sempre é tempo de
aprender.
Não estou aqui para dar uma
receita de bolo de como agir ou não, apenas, deixo meu relato. A General
Carneiro passa por um momento rico para despertar a atenção e o interesse de
seus alunos para o conhecimento e não apenas para uma vitória que no final das
contas não se ganha quase nada. Passei por esta instituição de ensino e muitas
coisas me foram essenciais para ganhar o mundo lá fora, outras jamais usei. Uma
escola sempre ganha, quando apoia e incentiva seus alunos a desenvolverem o seu
potencial e não fica apenas repassando conteúdos de forma ultrapassada e
massante. Ao final quem vai ficar, ou melhor, sair rumo ao mundo, será o aluno
e suas escolhas. Que ele seja capacitado, neste período escolar, para optar pelo seu melhor.
Boa sorte e bom trabalho a todos.
Dionys Paulo Silva Frazão – Psicólogo graduado pela PUC Minas em
2012 e aluno na E.E. General Carneiro pelo período de 1994 à 2005.
Parabéns, Dionys.
ResponderExcluirParabens
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